Sonhos Lúcidos parte IV
De repente eu estava nessa cidade ao anoitecer. Lembro de muitas ladeiras e eu só lembro de andar nas subidas. Eu chegava com um amigo, que eu não lembro o nome e esse logo sumiu no meio de um povo que encontramos. Os postes pequenos e metálicos eram iluminados por chamas amarelas. As ruas estreitas de paralelepípedo e as janelas alongadas de cores variadas já me davam a dica, mas quando eu vi muitas charretes e nenhum automóvel é que me dei conta. Aquele não era o meu tempo. Estava em outra época. As pessoas cagando sem ocupação trajavam vestes formais, enquanto outras bem ocupadas usavam roupas sujas e com buracos. Entrei em muitas casas onde alguma festa acontecia. As mais ricas serviam vinho com queijos e luz de velas. Já as mais pobres tinha samba, fogueira e uma bebida que ardia quando descia. A fuligem ardia nos olhos. Numa dessas, fiz um novo amigo, seu nome era Candinho. Moço que sorria para todo mundo, conhecia todas as pessoas ali. Era fino, e se vestia todo alinhado na...