Escrevendo para não esquecer...

 Escrevendo um sonho para não esquecer...

    Trago a vocês um relato de um pesadelo. Pesadelo que precedeu um sonho ruim que não vem ao caso agora, deixa pra contar outro dia. Já tive outros pesadelos tão ou mais perturbadores que esse, todo mundo já teve aliás, mas que se apagaram com o passar do tempo. Com esse eu decidi fazer diferente, assim que acordei assustado e aliviado peguei o caderno e comecei a rabiscar com caligrafia sofrível. tentei colocar todos os detalhes e tentar traduzir todas as sensações.

 Fiz o melhor que pude...

Acordei assustado de um sonho ruim aliviado por ser só sonho e não ter de lidar com as consequências do que fiz lá.

Ao abrir os olhos senti o ar mais pesado e difícil de respirar. Se mexer era quase impossível e veio o primeiro calafrio nas costas para eu entender de vez que estava em um pesadelo e não mais em um sonho ruim ou acordado.

Estava em minha cama e meu quarto estava diferente, a porta estava aberta e a luz da rua revelou um rosto de criança me observando e depois vi um gato pulando entre os objetos caídos no chão.

A criança sorriu, eu a reconheci de algum lugar e puxei para junto de mim. depois o gato também sorriu.

O gato abocanhou alguma coisa redonda e escura que de alguma forma era importante para mim e ia saindo do quarto. A criança foi atrás dele para brincar. Eu tentei dizer que aquilo não era um gatinho, pois gatos não sorriem.

A criança agarra a coisa em forma de gato para brincar e é mordida. Eu o puxei pelo rabo e também fui mordido, se fosse um gato de verdade eu teria sido arranhado em primeiro lugar.

Aquilo não conseguiu levar a coisa escura e redonda importante para mim e por isso rosnou como se me jogasse uma praga terrível. 

Ele então fugiu pela janela aberta da sala sumindo no horizonte enevoado do pesadelo. 

Ouvi o barulho dos portões do quintal e corri escada abaixo. 

Lá eu percebi que tudo foi uma distração, tinham me roubado algo bem maior.

Eu sentia muita dor no peito e aperto na garganta. Tentei chamar minha mãe, mas lembrei que não se pode gritar em um pesadelo, fiquei desesperado e com muito custo fui compensado com o poder de pelo menos chorar para deixar sair.

Atualização 09/09/2022: eu descobri o que ele me roubou naquela noite e está doendo até hoje...


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