Minha morte



            <<Morte>> 

 

E lá vem a morte uivando tão forçado

Ai de mim, que meu fim não seja doloroso

Também tenho medo do desconhecido 

E me levar lhe será tão penoso.

 

Morte! Serão seus olhos como esta lua?

Por acaso esta terra ainda será só tua?

Com seu véu nunca se deixou  ver nua.

então não hei de provar  sua carne ainda crua.

 

Morte! Sei que de longe me espreita

Não se aproxima, pois ainda me respeita

Mas ainda desperta a minha suspeita

E eu nem desconfio do que és feita

 

Morte, minha morte, não está mais em alerta?

Não atormentou o sonho daquele que agora desperta?

Acaso entre os fortes não é a mais esperta?

Não é para ti a porta sempre aberta?

 

Sua demora me fez perder o brilho

Deixou-me sem feita para contar a um filho

Só a das moedas na espiga do milho

Aquela dos meus dias de andarilho.

 

 

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